Parlamento Europeu considera cigarros eletrônicos como possível alternativa para fumantes
SÃO PAULO, 26 de dezembro de 2023 /PRNewswire/ -- O consumo dos cigarros eletrônicos é um tema que está em debate no mundo todo. Recentemente, o Parlamento Europeu aprovou um relatório que prevê ações de combate a Doenças Não Transmissíveis (DNT), por exemplo o câncer. Entre as principais práticas presentes no documento está o apoio à redução de danos e o reconhecimento dos cigarros eletrônicos como alternativa ao tabaco.
No mundo, mais de 80 países reconhecem os vapes como alternativa para os cigarros convencionais, entre eles Estados Unidos, Canadá, Suécia, Nova Zelândia. O Plano Europeu de Luta contra o Câncer visa alcançar uma geração livre de tabaco, reduzindo o consumo de cigarros convencionais para 5% da população até 2040. Para isso, segundo o relatório, é preciso realizar algumas ações como acompanhar a investigação científica e as avaliações realizadas pelas autoridades de saúde pública para que a regulamentação dos cigarros eletrônicos seja baseada em evidências científicas. "A promoção da saúde, redução de danos e atuação preventiva pode reduzir substancialmente a prevalência de doenças não transmissíveis em até 70%" destaca o documento.
Um estudo realizado pela Cochrane, reconhecida rede internacional de saúde pública independente, com sede no Reino Unido, mostrou que há forte evidência que os cigarros eletrônicos com nicotina aumentam a cessão do cigarro tradicional, quando comparado aos tratamentos de reposição de nicotina (NRT's). Outra pesquisa, realizada pelo King's College London e encomendada pelo Departamento de Saúde Pública Inglês, mostrou que os vaporizadores são 95% menos prejudiciais que o cigarro comum, ou 20 vezes menos nocivos à saúde.
O relatório do parlamento europeu recomenda também medidas para para reduzir o apelo destes produtos para não fumantes e jovens, além do compartilhamento de experiências e dados entre os países com a publicação anual de relatórios sobre o progresso rumo a uma geração livre de tabaco até 2040.
Aqui no Brasil, os cigarros eletrônicos estão proibidos desde 2009, mas a Anvisa aprovou consulta pública para que a população possa opinar sobre a regulamentação desses produtos. Atualmente, mais de 2 milhões de consumidores utilizam esses dispositivos adquiridos no mercado ilegal, sem controle sanitário e de procedência duvidosa.
Para participar da consulta pública, é necessário preencher um formulário eletrônico específico que estará disponível no portal da Agência, até 09/02. Ao fim do período de sugestões, a Anvisa irá avaliar as contribuições, realizar nova reunião da diretoria colegiada e divulgar o relatório da CP no seu portal.
FONTE Parlamento Europeu
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